terça-feira, 23 de junho de 2015

SÓ PODE DAR QUEM TEM (TUDO EMBOLADO NUM PARÁGRAFO SÓ)

Neemias Félix


As coisas geralmente são simples; nós é que as complicamos. Uma verdade clara e cristalina é esta: só pode dar quem tem, e de poço vazio não se tira água. Mesmo o amor, o carinho, a solidariedade e a palavra amiga só podem ser dados por quem tem, ora essa. Por isso o capitalismo não é apenas o melhor sistema econômico, apesar de suas imperfeições. Sejamos honestos: é o único que existe. Ah, mas ... e o socialismo? Ora, o socialismo só é sistema econômico para os inocentes úteis. O socialismo é uma cultura. Nunca existiu e nunca existirá como sistema econômico. O que faz é apenas distribuir cortesia com o chapéu alheio. Ah, as injustiças! Tudo bem, você acha que Neimar ganha muito e você pouco, né? Então você tem algumas opções: jogue o que ele joga e vá para o Barça. Não consegue? Então não vá ao estádio, não peça autógrafo, não compre os produtos com o nome dele. Acho mesmo que um cientista deve ganhar muito mais que o Neimar. Você também acha? Então tá: leia os seus trabalhos, escreva para ele e elogie-o; peça autógrafo, mande abaixo-assinados para a universidade em que trabalha, mande cartas para o Governo Federal; de quebra, convoque todo mundo pelo Facebook, alugue o Maracanã e encha-o com milhares de pessoas gritando com bandeirolas nas mãos: “Ar, ar, ar, cientistas valem mais do que o Neimar!”. Talvez dê certo. Tá caro, não compre; troque de produto ou compre menos e a empresa não se sustenta. Puxa, há sistema mais justo? O homem, esse sim, pode ser bom ou mau, generoso ou ganancioso. O pobre anda sempre quebrado, mas empresas fecham todo santo dia e ricos se suicidam, porque o sofrimento não é “privilégio” de ninguém.  Repito, ninguém pode dar do que não tem. Materialista, eu? Não. Quando Deus disse que nem só de pão vive o homem, implicitamente estava dizendo que também de pão vive o homem. Não há algo mais material e necessário que o pão, e ele custa dinheiro. Quando Jesus elogiou a viúva pobre que deu as duas moedas que tinha, lembre-se de que ela deu o que tinha e não o que não tinha. Socialistas dão o que não têm, o que tiram dos outros. A parte maior, entretanto, fica para eles, os burocratas, que invariavelmente enriquecem. Bem dizia minha saudosa mãe: quem parte e reparte e não fica com a maior parte ou é bobo ou não tem arte. Encerro com outro provérbio também muito usado pela minha mãe: o pouco com Deus é muito. Creio nisso piamente, uma verdade profunda e espiritual. Até porque creio (e nós pedimos isso a Deus) que Ele pode aumentar o pouco que temos. Nada de hipocrisia, pois.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A ESTUPIDEZ DO ARGUMENTO DO “NÃO RESOLVE”

Neemias Félix

A chegada do lulocomunopetismo ao poder imbecilizou, estupidificou o Brasil, acabando definitivanente com o pouco de bom senso, racionalidade e inteligência que havia por aqui.

Exemplo disso é o argumento do "não resolve", usado pelos idiotas petistas quando alguém quer aprovar alguma lei mais rigorosa.

Tal é o que ocorre na questão da redução da maioridade penal, que os apedeutas (na verdade, os desonestos) parlamentares rejeitam, com a desculpa de que ela "não resolve" o problema da criminalidade.

Ora, ninguém pode cometer a parvoíce de afirmar que a redução da maioridade penal resolve o problema da criminalidade. Essa é a estratégia dos diversionistas - colocar na boca dos outros aquilo que ninguém disse e assim refutar um argumento que ninguém apresentou.

Quem defende a redução tem pelo menos duas certezas. A primeira é que isso pode desestimular ou inibir a prática de certos crimes. A segunda é que quanto mais tempo o criminoso estiver preso, menos crimes ele vai cometer. Nesse ponto, até resolve o problema, sim, no seu aspecto imediato. Será que alguém razoavelmente inteligente tem dúvida disso?

Se usássemos o argumento do "não resolve" em certas questões, veja o que aconteceria nestas situações:

Não devemos punir com mais rigor os corruptos; isso não vai resolver o problema da corrupção.

Não devemos continuar mandando os demais assassinos para a cadeia; isso não vai resolver o problema dos assassinatos.

Não devemos usar vacina contra a gripe. Isso não resolve o problema, porque no ano seguinte vamos ter que vacinar todo mundo novamente.

Não devemos nem mesmo comer, beber e dormir, pois isso não resolve o problema da fome, da sede e do sono, pois voltaremos a ter essas necessidades novamente.

Também não devemos tomar banho ou cortar o cabelo e as unhas; isso não resolve o problema da sujeira nem impede a volta do crescimento de cabelos e unhas. E assim por diante.

Com a confusão que esses inconsequentes criam, no afã de escamotear a verdade, é fácil perceber que eles são mais que simples idiotas. Na realidade, são tergiversadores, grandessíssimos e deslavados canalhas.