Neemias Félix
Nesta madrugada acordei preocupado. Há bem uns doze
anos tenho sido um duro crítico do socialismo. E comecei a pensar que as minhas
críticas poderiam ser muito ácidas e injustas, que o meu mal-estar poderia ser
decorrente da leitura de autores mal-amados, despeitados ou até recalcados, em
razão de alguma decepção sofrida com o socialismo.
“Não”, pensei eu, “ainda que eu não tenha tanto
conhecimento assim a respeito do assunto, preciso fazer uma análise
desapaixonada, isenta.” E resolvi, além de uma autoanálise, fazer uma pergunta,
a mais simples e honesta possível: Será que o socialismo não tem nada de bom,
de útil, de necessário?
Comecei então a refletir, meditabundo que estava, a
analisar a história, as ideias, as estratégias do socialismo desde a sua
origem, no Éden, quando a serpente tentou “socializar” o conhecimento que só
pertencia ao Criador, com aquela estratégia “inteligente” que todos nós
conhecemos. Depois passei por Ninrod e sua famosa Torre, a Revolução Francesa,
Marx e Engels, e rememorei pontos importantes do Manifesto Comunista. Preciso
dizer aqui, a bem da verdade, que nesse momento já tinha começado a sentir um
certo revolver estomacal. Também vi os rostos e as ações de figuras
importantes, como Lênin, Mao, Stálin, Gramsci, Hitler (uma observação aqui: tem
gente inocente que nunca leu o estatuto do partido dele que acha que ele era um
extremista de direita), Fidel, Chávez, chegando até Lula, FHC e Dilma. A parte
mais terrível do filme foram os mais de cem milhões de mortos, vítimas do
socialismo, e foi nesse momento que tive
ânsias de vômito.
Mantive-me forte. Antes de desonerar o estômago,
evoquei o período chamado de redemocratização do Brasil e cheguei aos dias
atuais, em que o governo Dilma briga com seu próprio partido e os “aliados”
para aprovar o ajuste fiscal.
Cheguei, assim, à seguinte conclusão:
As pessoas, entre as quais me incluo, que pensam que
o socialismo não tem nada de bom, de útil, de necessário, estão muito enganadas.
Tem, sim. A coisa mais importante e necessária, aliás, talvez a única razão de
o socialismo existir é fazer-nos entender que, definitivamente, NÃO PRECISAMOS
DELE.
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